Um estudo recente mostra que as águas subterrâneas são uma fonte significativa de poluição na Grande Barreira de Corais, com implicações importantes para as políticas de redução da poluição proveniente das bacias hidrográficas dos rios1. A pesquisa afirma que quase um terço do nitrogênio inorgânico dissolvido e dois terços do fósforo inorgânico dissolvido nas águas do recife vêm de fontes subterrâneas, uma quantidade anteriormente não documentada1. Controlar a poluição que atinge o recife a partir das fazendas tem sido um foco importante para governos e agências, já que a melhoria da qualidade da água aumenta as chances de recuperação dos corais após eventos de branqueamento causados pelo aquecimento global1.

Descoberta de poluentes nas águas subterrâneas

Cientistas da Southern Cross University, do Australian Institute of Marine Science e do CSIRO colaboraram na pesquisa, que levou uma década para ser concluída e foi publicada na revista Environmental Science & Technology1. Os pesquisadores coletaram amostras de água e as analisaram em busca de isótopos de rádio que atuam como marcadores de poluição1. O estudo não identificou a fonte da poluição, mas sim a rota que ela percorreu até o recife1.

Dr. Douglas Tait, especialista em química das águas costeiras da Southern Cross University e autor principal da pesquisa, afirmou que os poluentes podem levar décadas para se mover das fazendas para os aquíferos subterrâneos antes de emergir das nascentes na costa e das nascentes subaquáticas, conhecidas como “wonky holes”, no próprio lagoão do recife1. Ele disse que é possível que “isso seja apenas o começo da frente [de poluição] que está chegando” ou que seja o final1.

Implicações para a gestão da poluição

O excesso de nutrientes pode causar florações de algas, promover surtos de estrelas-do-mar que se alimentam de corais e promover doenças em peixes1. O estudo “ressalta a necessidade de uma mudança estratégica nas abordagens de gestão” para reduzir os danos causados pelos poluentes1. Tait afirmou que há várias prováveis vias pelas quais a poluição pode percorrer as águas subterrâneas, desde se mover através de fissuras e fendas nas rochas abaixo do solo até gotejar através de rochas porosas1. “Vamos precisar ter uma discussão sobre como esses nutrientes são gerenciados. Precisamos de uma compreensão muito melhor desse processo para que possamos gerenciá-lo no futuro”, disse ele1.

Os governos estaduais e federais prometeram centenas de milhões de dólares para melhorar a qualidade da água na Grande Barreira de Corais1. Dr. Stephen Lewis, especialista em qualidade da água do recife do grupo de pesquisa TropWATER da James Cook University, que não participou da pesquisa, disse que as afirmações do estudo são surpreendentes e que ele espera examinar os resultados mais de perto1. Havia pesquisas limitadas sobre a contribuição das águas subterrâneas como uma rota para os nutrientes chegarem ao recife, mas sua contribuição era considerada menor1. No entanto, ele disse que a questão é uma “lacuna no conhecimento” que precisa ser preenchida1. “Este estudo sugere que [a contribuição das águas subterrâneas] pode ser muito maior”, disse Lewis1.

By Alyq Carter

Alyq Carter é um autor distinto e líder de pensamento nas áreas de novas tecnologias e fintech. Com um mestrado em Tecnologia da Informação pela prestigiosa Purdue University, Alyq cultivou uma profunda compreensão dos novos cenários digitais. Com mais de uma década de experiência na indústria de tecnologia, ele trabalhou com os principais inovadores em fintech na FinTechX, onde desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento de soluções de ponta que conectam finanças e tecnologia. Os escritos perspicazes de Alyq refletem seu compromisso em explorar o impacto transformador da tecnologia nos sistemas financeiros, tornando assuntos complexos acessíveis a um público amplo. Seu trabalho foi destacado em várias publicações do setor, onde fornece análises especializadas sobre as tendências que moldam o futuro das finanças.